Vereadores eleitos comemoram ingresso na Câmara


Pezzetta continuará trabalhando pela saúde

Para Claudiomiro Pezzetta, a conquista de um novo mandato reflete o reconhecimento da comunidade pelo seu trabalho - especialmente o período que esteve à frente da Secretaria Municipal de Saúde. Segundo ele, seu desempenho nas urnas só caiu em função do aumento no número de candidatos. Em 2008, ele havia feito 2.458 votos e, neste ano, 1.852. "Na eleição passada, para se ter uma ideia, o PDT tinha 13 candidatos na disputa. Nesta eleição, o número dobrou, chegando a 28", explica o candidato.
Pezzetta renova seu compromisso com a cidade e afirma que continuará trabalhando pelo desenvolvimento do setor de saúde. "Essa é uma área que eu já tenho experiência. Sei qual a realidade local e o que precisa ser feito", disse.
Em entrevista, o vereador lamentou que sua campanha tenha  sido parcialmente voltada ao esclarecimento de mentiras. "Eu fui vítima de muita fofoca. Essas pessoas que disseram que eu fui preso, elas são mentirosas. Eu não tenho uma indicação sequer contra o meu nome", frisou.
O vereador não quis adiantar se continua na Casa ou cede seu lugar para assumir uma secretaria. Isso porque reuniões só começam a ser realizadas agora, após a eleição.
Enquanto isso, Pezzetta prepara o Legislativo para receber cinco novos vereadores e dez novos assessores. O projeto para adequação do espaço já foi iniciado e, agora, resta partir para a parte prática. "Estávamos apenas esperando o pleito terminar para dar início às obras.  Como o prédio pertence à prefeitura, iremos apenas reformá-lo. Há problemas de infiltração e na cobertura da Câmara. Para a instalação do elevador, ainda aguardamos uma resposta do Executivo", completou.


Barriquello ainda quer disputar prefeitura
O vereador Marcos Barriquello (PDT) promete novidades nos próximos quatro anos. Em janeiro ele parte para o seu terceiro mandato, já pensando em disputar a prefeitura daqui a quatro anos. Ou, quem sabe, uma vaga na Assembleia Legislativa, no ano de 2014. "É importante pensar em voos maiores", destacou.
Enquanto isso, Barriquello reafirma seu compromisso em trabalhar com a boa política. Desde a campanha, ele evitou entrar em atritos ou ofender qualquer candidato. "Acredito que quem parte para este lado perde espaço no meio político. Durante os três meses de campanha, me ative a apresentar projetos à comunidade e o meu perfil àqueles que ainda não me conheciam. Estou há 29 anos à frente de uma empresa de contabilidade, já trabalhei seis anos no Executivo e outros oito na Câmara. É isso que conta, na verdade", reforça.
Segundo Barriquello, não será fácil administrar a cidade a partir do próximo ano. Nem para os vereadores, nem para o prefeito, Fioravante Ballin. Há desafios, segundo ele, que já foram elencados pela base governista e, agora, necessitam de planejamento para serem resolvidos. "Nós precisamos, por exemplo, fazer correções em segmentos e secretarias do município. Algo que será pensado a partir de agora", diz.
Hoje, o Legislativo trabalha em cima da peça orçamentária, encaminhada pelo Executivo. Há proposições, feitas pelos edis, que devem ser encaminhadas à Câmara sob a forma de emenda ou indicações. "Para reforçar este processo, contamos com a participação da comunidade nas audiências públicas, que devem ser realizadas nos próximos dias", adianta.


Mutly promete atenção a todos
Marildo Kronbauer (PDT) é outro personagem que retorna à Câmara Municipal a partir de janeiro. Conhecido como Mutly, ele foi vereador entre os anos de 1992 e 1996, sendo eleito com 854 votos. Em 2012, sua atuação na cidade foi melhor, rendendo-lhe o apoio de mais de 1,4 mil pessoas. "Posso dizer que fiz uma campanha tranquila, com o apoio de amigos e da minha família. Ninguém me prejudicou e também não interferi no trabalho de outros candidatos", garantiu.
Mutly defende a parceria entre situação e posição, e o contato direto com a comunidade. Tanto que, durante seu mandato, promete dar atenção a todos que o procurarem. "Comigo não vai ter essa de gabinete. Pretendo atender a comunidade onde for, onde eu estiver. Nem meu número de celular vou mudar, para garantir o diálogo com os cidadãos."
Além de trabalhar em ações sociais, Mutly quer trabalhar pela redução da carga horária dos trabalhadores que atuam no comércio. Ao mesmo tempo, quer  trabalhar em prol das empresas.


Perondi confirma represália contra oposição
De acordo com Daniel Perondi (PMDB), tanto para o Executivo como para a base governista da Câmara Municipal, a situação será confortável a partir do próximo ano. A bancada do PDT, segundo ele, continuará recebendo total atenção da prefeitura e, em troca, transmitindo muito pouco à comunidade. "Eles estarão em maior número na Casa, com nove vereadores. Nós continuaremos sugerindo projetos à cidade, que nem sempre recebem a atenção devida", disse.
Como exemplo, Perondi cita dois anteprojetos de lei seus, protocolados neste mandato e que tratam da acuidade visual e da juventude do município. Ele questiona se as propostas serão analisadas, já que pertence à oposição, e se haverá um retorno sob a forma de lei. "Nestes quatro últimos anos, nós sofremos retaliação, sim. Apresentamos propostas e poucas delas foram consideradas. Até me impressiona o fato de o prefeito ter aceitado uma proposição minha, que isenta o cidadão da taxa de inscrição em concurso público após três doações de sangue", completou.
Perondi foi o vereador mais votado neste ano, com 1.955 votos, e pretende dar uma resposta à comunidade. Como foco de trabalho, ele manterá o setor da saúde. "Eu vou continuar cobrando do Executivo por que é gasto o dobro do mínimo permitido na área de saúde, sendo que ainda há tantas falhas no sistema", questionou.
Na Câmara, ele será um dos vereadores que ficará atento ao cumprimento do TAC dos CCs, firmado nesta semana entre o presidente da Casa e o Ministério Público. "Quero ver se a redução será cumprida", disse.


Houve compra de votos, diz Simon
Para a vereadora Rosane Simon, reeleita neste ano, a campanha eleitoral teve um gosto amargo. Não necessariamente em função da derrota de Junior Piaia, mas pelos fatos que marcaram os três últimos meses. "Infelizmente, houve compra de votos na cidade. Todas as noites haviam jantares e, todos os dias, pessoas perguntando quando eu faria o meu. Como forma de 'gratidão' ao apoio. Foram inúmeros pedidos de favores e troca de votos por combustível. Relatos que deveriam ser denunciados, mas que a população optou por ocultar", disse.
Para Rosane, a eleição tornou-se comercial e repleta de mentiras. Entre elas, destaca-se o fato de Piaia querer fechar as igrejas, caso eleito, e os clubes de mães. "É incrível como em toda a época de eleição se semeia o anticomunismo e se esquece toda a história de um partido. Resultado de uma disputa contra a máquina pública, contra um grupo que está há 30 anos no poder", completa.
Simon reduziu praticamente à metade o número de votos, se comparado à eleição passada, e atribui o resultado (em parte) às falsas acusações. Na Câmara, a vereadora promete dar sequência ao seu trabalho, especialmente voltado às mulheres e aos trabalhadores.