A cultura como instrumento eleitoreiro



    Lamentável! Desprezível! A forma como algumas pessoas tentam tratar a questão da cultura em nosso município. A discussão é ampla e as variantes também. Porém o entendimento é claro. Usam de manifestações culturais para tentar projetar-se na mídia sensacionalista e com isso tirar proveitos pessoais.
    Como historiador, tive a oportunidade em conhecer uma linha teórica, por muito tempo estudada: a historia cultural, os estudos culturais e de identidade. E neste parâmetro tentamos entender como as sociedades se transformam e manifestam-se com seus agentes formadores e transformadores. Tudo é fruto de uma dinâmica. Isto querer estudo, interpretação, debate e entendimento.
    Ijuí, por sua vez, como qualquer outra realidade, possui sua historia, seus elementos culturais e identificatórios. Os vários povos aqui radicados, o movimento tradicionalista, o movimento étnico e tantas outras expressões cotidianas fazem parte deste universo cultural amplo, variado de caráter muito mais elitista do que popular.
     A questão emerge neste prisma, onde o fato de vários povos ocupar o espaço e consequentemente colonizar, rende a exaltação por parte de alguns desinformados e ignorantes no assunto. Mas que, por meio de um discurso exaltatório, tentam demonstrar outra realidade. Uma realidade imaginada e jamais vivida!
    São os pseudo historiadores. Os estoriadores de araque. Os contadores de historinhas inventadas. Leitores de orelha de livros que se auto-proclamam entendedores técnicos da cultura. Manipuladores da parte burra da mídia local.
    Clamamos pela cultura local tão rica e tão diversa. Clamamos que os ditos entendedores lutem por manifestações culturais sem segundos interesses. Parabens aos homens lúcidos e de bem deste cidade há anos batalham pela causa!