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Nota dos Editores
Os editores deste site são dois professores de história. E como tal lidam diariamente com o passado, o presente e o futuro da sociedade. Por isso, precisam entender, além da história, de economia e de política. Neste sentido, estamos preocupados com o agravamento da crise do capitalismo.
Diante dela pode-se sintetizar:
1. As informações prestadas pela imprensa são parciais, limitadas e não procuram mostrar a sua real dimensão. Sem contar que os novos jornalistas não têm preparo intelectual para fazer uma boa cobertura. Acrescenta-se que, em geral, governos e grandes empresas de comunicação não têm interesse em mostrá-la e só o fazem quando as notícias são tão evidentes que não podem ser escondidas.
2. O consenso é que a crise está se agravando, que é profunda e de âmbito mundial. E o pior é que ninguém se aventura em dizer quando vamos sair dela. Tudo indica que ela é tão ou mais grave do que a de 1929, quando o ‘capitalismo de livre-mercado’, literalmente, quebrou. O perigo maior, em que pese os esforços dos governos, é que a crise pode virar uma crise sistêmica, o que significa que o capitalismo como sistema fica abalado.
3. Desde setembro, os esforços dos governos dos EUA, de paises europeus e asiáticos não foram suficientes para contê-la. Ao contrário, ela só foi se agravando. As notícias fragmentadas da grande imprensa apenas o confirmam.
4. Isso demandou a duas reuniões do chamado G 20 – grupo de paises que engloba o G 7 que são as sete maiores economias do planeta e mais os paises emergentes que são os que se seguem em tamanho ao do G 7, entre os quais o Brasil. O fato de ter havido duas reuniões e outra marcada para abril/2009 mostra que o capitalismo nos atuais moldes está condenado.
5. Discute-se doravante a criação de uma nova Ordem Mundial - ou como é chamado frequentemente - de um Acordo de Bretton Woods 2, já que o 1º de 1944, naufragou completamente. E agora se faz necessário uma nova intervenção do Estado na economia para regular o setor financeiro visando devolver-lhe a credibilidade e a saída da recessão e talvez até da depressão econômica.
Neste sentido, este site visa contribuir para a compreensão desta crise. A par de dar as notícias de Ijuí (RS-Brasil), onde residimos, vamos colocar à disposição dos nossos leitores textos de renomados professores universitários que fazem uma análise profunda e diferente da que normalmente temos acesso. Assim, julgamos que o leitor pode se munir de uma melhor compreensão acerca da crise. E que o ajude a decidir os rumos para sua vida.