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Afinidade será chave no sucesso de Hillary
Afinidade será chave no sucesso de Hillary
The Washington Post, Washington
Ao encerrar a entrevista coletiva em Chicago na segunda-feira, onde apresentou sua equipe de segurança nacional, o presidente eleito Barack Obama deixou a sala de braço dado com sua escolhida para o Departamento de Estado e antiga rival Hillary Clinton. O gesto pode ter sido uma indicação de que Obama está ciente de que uma das maiores questões sobre a escolha de Hillary é o tipo de relacionamento que eles serão capazes de forjar nos próximos meses.Muitos dos secretários de Estado mais bem-sucedidos, embora não todos, desfrutaram de grande influência junto aos presidentes a quem serviram, proporcionando-lhes grande influência entre líderes estrangeiros. Mas Obama e Hillary só estão começando a desenvolver o tipo de afinidade que poderá levar a essa confiança. E o sucesso final da senadora de Nova York em sua nova função pode depender tanto da disposição de Obama de aceitá-la em seu círculo de amizades, como da habilidade dela para dominar as complicações do processo de paz no Oriente Médio ou do programa nuclear da Coréia do Norte, disseram ex-funcionários de política externa.
Democratas familiarizados com a transição disseram que os dois passaram algum tempo nas últimas semanas discutindo os parâmetros do trabalho e como trabalhariam juntos. Hillary recebeu garantias de que terá o tipo de acesso a Obama de que necessita, além de autoridade para escolher sua equipe.
Mas os riscos da nomeação são expressivos e o sucesso não está garantido. Hillary tem um carisma enorme, mas alguns de seus antecessores que foram inicialmente recebidos como astros do rock, como Colin Powell, se mostraram menos eficazes do que se previa. Hillary não tem uma experiência real de lidar com uma grande burocracia governamental e, durante a campanha das primárias, os dois concorrentes democratas também divergiram sobre política externa.