Na gênese desta terra
Na origem e formação
Ergueu-se uma revolução
Ou simplesmente uma guerra?
Pujança que desenterra
Nossa estirpe e rituais
E herdamos dos ancestrais
Esta essência caudilha
No brado dos farroupilhas
Na luta por ideais.
Eis a querência que herdamos
E que hoje a nós pertence
Da República riograndense
Pelo chão que tanto amamos
E tudo que cultuamos
Com furor e galhardia
Faz renascer todo dia
Pelos pagos da querência
O respeito, o valor e a essência
De nossa cidadania.
Contra o abuso imperial
Que a todos foi vexatório
De marcando um território
De Espanha e de Portugal
Se construiu o ideal
De nossa civilidade
Na busca por liberdade
Do desmando autoritário
Modificando o cenário
Pra exaltar a igualdade.
Por isso, a nossa gente
Se construiu nesta luta
E travando tantas disputas
Pra semear novas sementes
E expressar constantemente
Os que valores que cultuamos
Que com respeito herdamos
De todos os ancestrais
Se transformou em ideais
Neste chão que tanto amamos!
Nem a lança, nem a espada
Nem a adaga e a garrucha
Fez desta terra gaucha
Uma Província arrasada
Porque aqui ficou marcada
A luta de nossa gente
Ideais que constantemente
Remonta a tudo que fomos
E transforma o que hoje somos:
Povo de fibra e decente!
Em trinta e cinco a estréia
Do que seriam dez anos
Onde este solo pampeano
Fez emergir tais idéias
E a saga desta epopéia
Fruto de nossa eloqüência
Marca de nossa decência.
De todos que aqui lutaram
E por este chão tombaram
Em defesa da querência!