Donques: bons garotos do rock



Na Escola Francisco de Assis: a banda já se apresentou em várias escolas
Na Escola Francisco de Assis: a banda já se apresentou em várias escolas
Não é novidade que Ijuí é uma cidade com ótimos músicos. Muitas bandas já saíram da garagem e conquistaram seu espaço e, recentemente, mais uma entrou para essa lista. A Donques, formada por meninos com idades entre 16 e 19 anos, tem em seu repertório músicas não muito conhecidas do público geral, mas fazem covers tão interessantes e originais, que em pouco tempo de estrada, já construíram uma personalidade própria e única.
“A Donques não segue um único estilo. Mas tocamos, basicamente, rock alternativo e um pouco de indie rock”, afirma o baixista José Valduga. “Nos inspiramos no rock dos anos 90, que é um rock mais atual e ‘menos feliz’”, complementa Matheus van der Ham, vocalista.
A Donques surgiu no final de 2011, por hobby. Junto com Valduga e Matheus, integram a banda Leonardo Bigolin, na bateria, e Artur Poffo e Felipe Baldissera nas guitarras. Os cinco se conheciam da escola ou por amigos em comum, e tinham duas bandas distintas. Quando estas terminaram, resolveram ensaiar juntos, mas sem pretensão. “Nos juntamos porque não tínhamos o que fazer no final de semana. Quando vimos, já estávamos com um repertório legal, então em janeiro desse ano, fizemos o nosso primeiro show”, conta Valduga.
O maior sucesso da Donques é entre o público adolescente. Eles já fizeram cerca de treze shows e, destes, quatro foram em escolas. E a presença desse público nos demais eventos, também é bem significativa. “O pessoal fala que a banda está legal, elogiam. E é essa galera que está nos colocando para cima, que está fazendo a gente perceber que a banda deve ser levada a sério”, comenta Matheus. “Nosso círculo de amigos nos apoia muito, mas às vezes eu vejo gente que eu nem faço ideia de quem é falando bem da banda, cumprimentando a gente em shows, e isso é bem legal”, complementa o baixista.
Quanto ao talento, a maioria diz não ser herança de família, mas um integrante em especial tem no sangue a vocação para a música: “Eu sou Eickhoff. Tem muitos músicos nesse lado da família”, comenta Leonardo, que desde pequeno, foi incentivado pelos pais a fazer aulas de violão. E o incentivo, virou apoio: “Acho que a família de todos nós apoia a banda. Minha mãe vai nos shows e ‘curte’ nossas postagens no Facebook”, revela Artur.
Um dos grandes momentos da Donques - e que impulsionou muito os meninos no sentido de divulgarem cada vez mais o trabalho da banda, foi o lançamento de um vídeo de um cover feito por eles, em uma tarde de ensaio. Colocado na internet há cerca de um mês, o vídeo já está com mais de 2.400 visualizações.
Questionados sobre o futuro, os integrantes da Donques explicam que não pensam em atropelar as coisas. “A gente quer estabelecer regras, mas não tão rigorosas. Acho que as coisas têm que acontecer naturalmente”, finaliza Valduga.
Fonte: JM