Vereadores eleitos comemoram ingresso na Câmara


Andrei duplicou sua votação neste ano
Com apenas 29 anos e pouca experiência no meio político, Andrei Cossetin conquistou 1,5 mil votos na cidade. Número que marca sua segunda disputa eleitoral - já que, em 2008, também concorreu a uma vaga no Poder Legislativo. Naquela época, conquistou o apoio de 744 pessoas. "Desde o pleito passado, eu tenho me preparado para concorrer. Cursei uma pós-graduação em Administração e já me preparo para encarar o mestrado. Nunca tive um cargo público, mas tenho estudado para representar bem a comunidade. Para ajudar a cidade a se desenvolver", destacou.
Logo após o resultado das urnas, Marco Aurélio Ferreira, chefe de gabinete da senadora Ana Amélia Lemos, já anunciava uma nova era ao Partido Progressista, com a entrada de Andrei na Câmara. Jovem que, segundo ele,  prepara-se para ser a mais nova liderança da sigla. "E é com responsabilidade que recebo essa  notícia. O Marco foi uma das pessoas que me ajudou a fazer política, que me auxiliou a elaborar o plano de governo. E foi com a ajuda de pessoas como ele e da minha família que cheguei em quinto lugar no número de votos", destacou.
Embora Ijuí ainda tenha vários problemas de ordem estrutural, Andrei promete não fazer "oposição pela oposição". "Já prometi ao prefeito que não farei criticas destrutivas. Eu quero apenas questioná-lo por que empresas maiores não vêm para Ijuí. Por que não há apoio fiscal ou terrenos para ceder. Quero cobrá-lo que a juventude da cidade está abandonada e que precisamos investir em cultura. Focado nestes temas, atuarei na Casa", garantiu.
Tenroller quer lutar pela Coordenadoria da Mulher
Para a ex-coordenadora especial de Habitação, Rosana Tenroller, o papel dos vereadores difere do que vem sendo praticado atualmente. Para ela, mais do que fiscalizar o Executivo, os edis têm a missão de estar em contato com a comunidade. Eleita pelo Partido dos Trabalhadores, Tenroller será a terceira mulher na Casa, ao lado de Helena Marder (PDT) e Rosane Simon (PCdoB). "Eu quero manter um mandato participativo na cidade. Durante a campanha, quando visitei diferentes casas no município, percebi que as pessoas sentem a ausência de um representante em seus bairros. E isso eu quero mudar", disse.
De acordo com Tenroller, ao manter conversas com representantes de bairros e interior, é possível conhecer os problemas e propor soluções à comunidade. "Eu quero trabalhar pelo fortalecimento da habitação e fomentar a cultura, o esporte e o lazer. Assim como o prefeito e vice, Fioravante Ballin e Ubirajara Teixeira, acredito que o Sistema Único de Saúde precisa ser fortalecido. E será, com a ajuda de todos", completa.
Visando a busca de políticas públicas para o sexo feminino, Tenroller pretende lutar pela criação da Coordenadoria Municipal da Mulher. "Tanto o governo federal como estadual dispõem de recursos para aplicar em ações às mulheres. No entanto, é necessário que existam espaços na gestão para se trabalhar estes projetos", destacou.
Embora seja presidente do PT, Tenroller acredita que sua atuação no setor de Habitação foi decisiva para a conquista de uma vaga no Legislativo. "O resultado nas urnas prova que  fiz um trabalho sério à frente da Coordenadoria", finalizou.
Adamy também teve votação ampliada
Assim como Andrei Cossetin, Ricardo Adamy (PMDB) teve sua votação ampliada nesta eleição. Ele já foi vereador durante um mandato e, no ano de 2008, perdeu a vaga com 1.148 votos. Em janeiro retorna à Casa, após receber o apoio de 1.196 pessoas.  "O resultado aumenta ainda mais a minha responsabilidade. Mas, prometo: farei jus a todos os votos que recebi", disse.
De acordo com Adamy, é difícil precisar qual será sua posição na Câmara Municipal. "Agora é momento de comemorar e avaliar a atuação do partido, em reuniões internas. Depois, com a cabeça mais tranquila, participarei de encontros com aqueles que fizeram parte de nossa base neste pleito", comentou.
O novo vereador atribui seu bom desempenho nas urnas ao contato com a comunidade. "Na eleição anterior, eu estava em meio a um trabalho intenso na Câmara Municipal. Deixei um pouco de lado a campanha e isso acabou se refletindo nas urnas", explicou.
Sobre a eleição majoritária, Adamy lamenta a derrota de Junior Piaia, mas reconhece que é difícil "trabalhar contra o pessoal que detém a máquina pública."
Cossetin pretende representar a área de segurança
Aldair Cossetin, bombeiro aposentado, será um dos novos rostos do Poder Legislativo. Concorreu pela primeira vez neste ano e, com mais de 900 votos, conquistou uma cadeira na Casa pelo Partido dos Trabalhadores. "Na Câmara, eu pretendo dar sequência ao trabalho social que vinha realizando. Ações que foram reconhecidas pela comunidade, mas, principalmente, por aqueles que atuam no setor de segurança pública", diz.
Em entrevista, Cossetin lembrou que o Legislativo nunca teve um representante da área. "E é por isso que quero focar meu trabalho na segurança do município. Gostaria, também, de contar com a ajuda da comunidade na elaboração de projetos", completou.
Para o novo vereador, a eleição tem um gostinho especial, já que a campanha inicou do zero. Sem que muitas pessoas soubessem quem era e o trabalho que realizava na comunidade. "Hoje sou um dos líderes do meu partido e um dos únicos representantes de bairros. A eleição, portanto, é uma conquista para mim e para a comunidade, que terá um vereador atuante na Câmara", diz.
Cossetin admite que foi notificado por estar supostamente fazendo boca de urna, mas que já está respondendo junto à Justiça Eleitoral. "Na verdade, foi um fiscal de urna que denunciou, entendendo que eu estava solicitando votos na porta da seção onde voto. E isso não aconteceu. Eu apenas cumprimentei algumas pessoas, sem entregar panfletos ou solicitar que votassem em mim", disse. De acordo com o vereador, não havia por que fazer boca de urna no bairro em que todos o conheciam.
Pretto comemora seu retorno à Câmara
Eleito pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), Darci Pretto da Silva lamenta o rumo que a eleição tomou. Em entrevista ao Grupo JM de Comunicação, ele citou o fato de ter sido alvo de acusações pela coligação adversária. "Infelizmente, o oponente tende a perder o controle e a vergonha quando sente que a disputa está perdida. E foi o que aconteceu neste ano, em Ijuí. Eu, como candidato a vereador, fui alvo de panfletos difamatórios, que não correspondem com a verdade. Da mesma forma, materiais foram produzidos para ferir a imagem do nosso prefeito, Fioravante Ballin. Algo que ainda ocorreu", destacou.
Pretto retorna à Câmara Municipal onde esteve por mais de dois anos, na condição de suplente. Na época, ele ocupava a cadeira de Claudiomiro Pezzetta, que havia se licenciado para assumir a Secretaria Municipal de Saúde. "Mas, embora eu tenha conquistado uma cadeira na Casa, admito que esperava mais votos da comunidade", confessa.
Pretto diz que seu mandato será um instrumento de luta, na busca pela melhoria da qualidade de vida da população e progresso do município.
Fonte: JM