Darci Pretto
O Movimento de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Simpatizantes (LGBTS) solicitou, na manhã de ontem, a retirada do projeto de lei que institui o Dia Municipal de Combate à Homofobia. Conforme consta no ofício encaminhado à Câmara Municipal, os últimos acontecimentos e discussões impulsionaram o pedido por parte dos integrantes. "Mas eu não vou retirar o projeto de pauta", garantiu ontem, durante a sessão ordinária, a proponente da matéria, Rosane Simon.
De acordo com a vereadora, que permaneceu afastada pelo período de 30 dias, as discussões tomaram um rumo não esperado. "Não há qualquer aclamação a este movimento. O que buscamos, com a instituição do Dia de Combate à Homofobia, é o direito à liberdade. Há certamente outros assuntos a serem debatidos, mas darei sequência a essa proposta", comentou.
Durante a sessão, Simon chegou a apresentar um vídeo produzido pela Organização das Nações Unidas (ONU). Ricardo Adamy (PMDB), em resposta ao pronunciamento, voltou a repetir que trata o assunto com respeito. Mas que acredita no que está na Bíblia.
Na mesma linha de pensamento, está Darci Pretto da Silva (PDT), que espera "sucesso" ao requerimento encaminhado pelo Movimento LGBTS. "Assim como eu pedi ao meu companheiro de bancada, Luiz Tito Varaschini, que retire o projeto que cria o Dia Municipal do Homem, eu solicito que a vereadora faça a mesma coisa. Acho que o Legislativo tem coisa mais importante para se preocupar." Embora respeite, Pretto destacou que a homossexualidade não é da natureza humana. "E o que não está escrito na sagrada escritura, eu não acredito", completou. Deus, conforme o vereador, colocou para procriação um homem e uma mulher. Eles, os homossexuais, não existem no mundo de Deus.
César Busnello (PSB) chegou a citar trechos da Constituição Federal e disse que essa é a lei maior. "É engraçado como algumas correntes religiosas se apegam à Constituição quando precisam. É o caso, por exemplo, dos que clamam pela liberdade de expressão quando são acusados de estarem perturbando o sossego público. Mas quando se fala em diversidade, recorrem à Bíblia."
Adamy voltou à tribuna e perguntou por que os evangélicos não podem defender o que acreditam. "Por que o direito do Busnello pode valer e o meu não?", questionou. Ao se dirigir a Simon, Adamy disse que não há um caso de morte de gays na cidade. E questionou: o dia seria de combate a quê?
O Movimento de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Simpatizantes (LGBTS) solicitou, na manhã de ontem, a retirada do projeto de lei que institui o Dia Municipal de Combate à Homofobia. Conforme consta no ofício encaminhado à Câmara Municipal, os últimos acontecimentos e discussões impulsionaram o pedido por parte dos integrantes. "Mas eu não vou retirar o projeto de pauta", garantiu ontem, durante a sessão ordinária, a proponente da matéria, Rosane Simon.De acordo com a vereadora, que permaneceu afastada pelo período de 30 dias, as discussões tomaram um rumo não esperado. "Não há qualquer aclamação a este movimento. O que buscamos, com a instituição do Dia de Combate à Homofobia, é o direito à liberdade. Há certamente outros assuntos a serem debatidos, mas darei sequência a essa proposta", comentou.
Durante a sessão, Simon chegou a apresentar um vídeo produzido pela Organização das Nações Unidas (ONU). Ricardo Adamy (PMDB), em resposta ao pronunciamento, voltou a repetir que trata o assunto com respeito. Mas que acredita no que está na Bíblia.
Na mesma linha de pensamento, está Darci Pretto da Silva (PDT), que espera "sucesso" ao requerimento encaminhado pelo Movimento LGBTS. "Assim como eu pedi ao meu companheiro de bancada, Luiz Tito Varaschini, que retire o projeto que cria o Dia Municipal do Homem, eu solicito que a vereadora faça a mesma coisa. Acho que o Legislativo tem coisa mais importante para se preocupar." Embora respeite, Pretto destacou que a homossexualidade não é da natureza humana. "E o que não está escrito na sagrada escritura, eu não acredito", completou. Deus, conforme o vereador, colocou para procriação um homem e uma mulher. Eles, os homossexuais, não existem no mundo de Deus.
César Busnello (PSB) chegou a citar trechos da Constituição Federal e disse que essa é a lei maior. "É engraçado como algumas correntes religiosas se apegam à Constituição quando precisam. É o caso, por exemplo, dos que clamam pela liberdade de expressão quando são acusados de estarem perturbando o sossego público. Mas quando se fala em diversidade, recorrem à Bíblia."
Adamy voltou à tribuna e perguntou por que os evangélicos não podem defender o que acreditam. "Por que o direito do Busnello pode valer e o meu não?", questionou. Ao se dirigir a Simon, Adamy disse que não há um caso de morte de gays na cidade. E questionou: o dia seria de combate a quê?
Fonte: JM