Como uma escola resolveu um problema na sala de aula de forma sustentável

A sustentabilidade pode ser uma solução barata e pedagógica para questões que envolvem a rotina das escolas, até mesmo quando se trata do clima indesejável. O Brasil é conhecido por suas altas temperaturas e as perspectivas para o futuro são de ainda mais calor nas diversas regiões do país. Em alguns lugares, como aqueles cobertos pela Caatinga, o aumento será de 5,5ºC até o final do século, segundo o  Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC). O impacto é sentido inclusive nas salas de aula, onde alunos sofrem com menor rendimento causado por mal-estar e distração, e professores e funcionários reclamam da infraestrutura escolar que, muitas vezes, não é preparada para abrigar a todos de forma adequada diante dessas temperaturas.
Esses relatos, agora, são comprovados cientificamente. Uma pesquisa publicada este mês pela Universidade de Harvard e da Universidade da Geórgia, chamado de Calor e Aprendizado, mostrou que o calor dificulta o estudo em sala de aula e a concentração para os trabalhos até mesmo dentro de casa. Os acadêmicos americanos acompanharam o desempenho de 10 milhões de alunos ao longo de 13 anos e a relação entre o clima e os resultados acadêmicos foram perceptíveis.
De acordo com o relatório, os efeitos do aumento da temperatura começam a ser sentidos a partir dos 21°C e, então, a cada 0,55 grau de aumento no termômetro há uma queda de 1% das notas médias dos alunos expostos a esse clima nas escolas. Para os pesquisadores, uma das soluções é a instalação de ares-condicionados, mas justamente lugares com menos recursos materiais são aqueles que enfrentam as maiores temperaturas, ainda segundo o estudo.
Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/11828/escola-desenvolve-pesquisa-de-projetos-sustentaveis-contra-problema-nas-salas-de-aula